Processo de Enfermagem
Esta ficha de leitura surge no âmbito da disciplina de Ensino em Situação de Défice de Autocuidado, do 2ºano 3º semestre, com o objetivo de readquirir aprendizagens sobre o processo de Enfermagem. Visto ser uma das bases fundamentais durante todo o meu processo de aprendizagem, assim como para a vida profissional, pretendo consolidar os conhecimentos, para melhor conseguir aplicar os meus cuidados aos utentes desta fundação.
O processo de enfermagem fornece as ferramentas para tomada de decisão durante os cuidados de enfermagem, tornando-a mais rigorosa e menos experimental (Potter et al., 2006). Assim, segundo Potter e Perry (2006), o "processo de enfermagem é uma abordagem em cinco etapas à tomada de decisões clínicas" (Potter et al., 2006). Estas cinco fases estão interligadas entre si, visando, essencialmente, a planificação de cuidados personalizados (Potter et al., 2006). As cinco fases deste processo são (Potter et al., 2006):
- a avaliação inicial/colheita de dados;
- o diagnóstico de enfermagem;
- o planeamento;
- a implementação;
- avaliação final.
A primeira fase compreende a avaliação inicial, que acontece no primeiro contacto entre o enfermeiro e o utente (Phaneuf, 2001; Potter et al., 2006), integrando dois momentos. No primeiro realiza-se uma colheita e verificação de dados a partir da fonte primária - o utente - e de fontes secundárias, como a família, equipa multidisciplinar/profissionais de saúde, assim como o processo clínico - evidências - ao qual se seguirá a análise e interpretação dos dados recolhidos - Inferências (Phaneuf, 2001; Potter et al., 2006). Após a análise dos dados, segue-se um "juízo clínico sobre as reações individuais, familiares ou comunitárias aos problemas de saúde reais ou potenciais, e aos processos de vida" (Phaneuf, 2001; Potter et al., 2006). Assim, o diagnóstico, a segunda etapa, dá significado às bases que o enfermeiro retirou e organizou durante a apreciação inicial, a fim de formular um diagnóstico, que provém da formulação de um juízo a partir de um foco e o Modelo dos sete eixos de enfermagem, e uma planificação de enfermagem adequados (Phaneuf, 2001; Potter et al., 2006). A terceira etapa, designada como planeamento, consiste em estabelecer um plano de ação, prever as etapas da sua realização, os gestos a fazer, os meios a disponibilizar e as precauções a tomar, logo, a conceber e organizar uma estratégia de cuidados bem definida. Este passo "requer do enfermeiro a utilização de ponderação na tomada de decisões e na resolução de problemas" (Almeida, 2011). Posteriormente, surge uma quarta fase, a implementação, que "significa o início do comportamento de enfermagem" (Almeida, 2011). O enfermeiro é responsável por ter o conhecimento e a competência clínica necessária à realização das intervenções de forma segura e efetiva (Almeida, 2011). O profissional de saúde deverá reavaliar a pessoa, rever e revisar o plano de cuidados, organizar os recursos e prestar cuidado, prever e prevenir complicações e, por fim, ter habilidades de implementação (Almeida, 2011). Deste modo, a implementação é, por outras palavras, "colocar o plano em ação" (Almeida, 2011). Por último, a avaliação final, quinta etapa, consiste em determinar o quanto os resultados foram alcançados e os ganhos em saúde obtidos (Almeida, 2011). Esta consiste em avaliar a reação do utente face aos cuidados de enfermagem prestados e ao progresso do utente, no sentido de serem atingidos os objetivos pré-definidos (Almeida, 2011). Assim, o desenvolvimento deste método é essencial e inquestionável, tendo possibilitado o cuidado de enfermagem individualizado e direcionado às necessidades dos utentes (Almeida, 2011). Portanto, considera-se que o "processo de enfermagem representa um dos instrumentos de trabalho fundamentais na prática do enfermeiro" (Almeida, 2011).
Em suma, o Processo de Enfermagem é um processo contínuo e dinâmico que determina a prática profissional do enfermeiro e apresenta a sua estrutura em cinco fases: Apreciação inicial; diagnóstico; planeamento; implementação; avaliação (Almeida, 2011; Phaneuf, 2001; Potter et al., 2006). E tem como finalidade a eficiência dos cuidados para com o utente (Almeida, 2011; Phaneuf, 2001; Potter et al., 2006).
Esta ficha de Leitura vai permitir elaborar o
plano de cuidados mais adequado ao paciente, de forma mais eficaz e rigorosa,
tendo em consideração as cincos fases do Processo de Enfermagem. Vai me
permitir recolher os dados, analisá-los e incidir a minha ação sobre os défices
no autocuidado, de modo a colmatar algumas necessidades.